quinta-feira, 1 de setembro de 2011

imparáveis


Nos éramos geniais, inspirados por tudo, fazíamos música, cantávamos e tocamos mil instrumentos, escrevíamos as letras, poemas, prosas, pintávamos, graffitis, líamos os poetas, os filósofos, andávamos de skate, uns jogavam futebol, bmx, regby, basquete, parkour, surf, bebíamos mais do que aguentávamos, amávamos mais do que devíamos. Éramos irmãos e chorávamos abraçados nos funerais, festejávamos juntos, todas as vitórias, chateámo-nos mil vezes durante os anos e perdoámo-nos milhões de vezes mais.
Imparáveis, nós e o Pablo Neruda, o Miguel Esteves Cardoso, o Paulo Coelho, Miguel Luís Peixoto, tolstoy, Miguel Torga, Fernando pessoa e toda a gente que quisesse matar o José Castelo Branco. Os Nine Inche Nails, Guano Apes, Skunk Anansie, a Amália Rodrigues, a Blitz o culto á Antena 3 e à Sic Radical, Colman, Jackass, imparáveis como Barcelona, o Record e a Bola, os Skins, Songoku, os festivais as francesinhas, as camon’s de férias, tardes de cinema , o Daily Show, o Star Wars, o curto circuito, o Sam The Kid, manifestações na Grécia, abstenção nas eleições, revoluções nos países árabes, o 11 de Setembro, a Al Qaeda e o Ernesto Che guevara , ser Extravaganza, Tag, Moche, a Catarina Furtado ..Meu Deus, a Catarina Furtado .. as redes sociais, os primeiros encontros e os primeiros beijos e as aventuras de verão, a sueca, Valete, o Zeca Afonso, fazer gazeta, perdão, baldarmo-nos, “gazeta” soa tão degradé, tao provinciano ou a história do tempo da ditadura, as tatuagens, piercings, castings e tanto, tanto mais.

Imparáveis, por isso mesmo fomos inesquecíveis. Seremos sempre assim enquanto não nos esquecermos do porque de o sermos: a vontade de sermos nós mesmos e de como somos tão bons nisso.

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