sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Mário Cesariny

Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Rogue

quando era miudo disseram-me que a imaginaçao era algo fantastico , uma diversao, uma arma imensa .
Mais uma vez fui iludido.

Tentei criar muitos mundos e fugir para muitos locais sem sucesso quando o meu pai me espancava , quando espancava á minha mae, quando se lembrava de fazer um assalto, quando a casa se enchia de prostitutas e traficantes, quando nao havia o que comer , quando todos os moveis foram vendidos para pagar a renda da casa , tentei fugir quando os meus avós morreram, quando cresci sem pai e filho de mae solteira, quando descobri que a minha mae me ia deixar orfao e quando os teus olhos disseram-me com medo que fossem os teus labios a confessar que ja nao me amavas.

criei historias e personagens, mas fui tao egoista que os tornei quase tao infelizes como eu, tudo para nao me sentir sozinho. Por isso mesmo, nem para os seus mundos gostaria de fugir se pudesse.

serei eu mesmo, ou so mais uma personagem minha ? sinto a tua falta Rogue, afinal de contas que outro nome te poderia eu dar?