sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

não que eu mande alguma coisa

Esta podia ser uma história qualquer sobre uma pessoa qualquer numa outra altura que não o natal, mas não é. É a tua , e eu ainda me estou a habituar a ela porque não gosto, não me habituo e tão pouco aceito o final - não que eu mande alguma coisa.
Eu sou pouco mais do que a poeira debaixo dos teus sapatos enquanto fumo o meu cigarro e deixo cinza nos lençóis , na almofada, na nádega da minha companhia e escrevo sobre ti com as pontas dos meus dedos em cada tecla enquanto que tu sem imaginares equilibras o meu coração na ponta do teu indicador - vai sair merda, vai dar merda, de certeza.
Tu podias ter tudo o que quisesses, qualquer um que quisesses. Tu lutas pelos teus objectivos e consegues, eu fico preso ao teu corpo , gelado por esse olhar. Tu acreditas que para que um homem te mereça ele tem de ser um homem e não um puto,e um bom homem não uma criaturinha sem princípios
Mas tu, por algum motivo estranho alheio à vontade de Deus e da senhora tua mãe gostas mais de homens maus , pior , putos maus, que o teu olhar não gela nem te olham como eu olho , e pior, alguns nem se interessam pelos teus objectivos.
como a maioria dos que se sentam no banco do metro ao nosso lado.
Eu sei que sou dificilmente melhor do que o nada mas eu também sei o que é amar.
Por favor, tem como amante alguém que olhe para ti como se talvez sejas mágica, ou fosses um desejo pedido depois de apagar as velas de aniversário.
Falar contigo é bom, tal como a tua companhia. Quero descobrir o teu perfume. Os teus olhos fazem parecer que é natal todos os dias, eu espero pelo natal todos os dias.

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